21 de dezembro de 2012

Fim do Calendário Maya vira Doodle

Acima, Doodle de hoje sobre o "fim do Calendário Maya". Até o momento (09:40h do dia 21/12/2012), o mundo não acabou.

20 de dezembro de 2012

Ziraldo, aos 80 anos, em entrevista de fôlego ao Jornal da ABI

Ziraldo, oitentão e mais disposto do que nunca, concedeu uma entrevista de tal fôlego ao Jornal da ABI , que precisou-se dividi-la em duas partes ( publicadas nas edições de outubro e novembro). O mestre discorre sobre tudo: Caratinga, a infância pobre, as leituras desde cedo, seu avô, sua família e amigos, o início de carreira, sua convivência (e total admiração) à Millor Fernandes, Reynaldo Jardim, Zuenir Ventura, Jaguar e tantos outros com quem trabalhou em várias décadas, seus filhos, prisões, Pererê, os livros, personagens, O Cruzeiro, Péricles, cartazes, agências de publicidade, Pasquim, Fairplay, trabalhos nos EUA, Anistia, Funarte, velhice, Bundas, Palavra, Pasquim21, projetos de agora ( como o maravilhoso Zeróis que saiu em livro gigante) e para o futuro, etc, etc. Ziraldo é uma fonte que jorra informações pra todo lado. Acompanhem a entrevista em duas partes, disponibilizadas no ISSUU pelo entrevistador Francisco Ucha:
http://issuu.com/ucha/docs/jornaldaabi383
http://issuu.com/ucha/docs/jornaldaabi384

Os Doodles do mês

O mês teve grandes doodles. Além da homenagem ao Gonzagão centenário (dia 13), o Google também caprichou na comemoração aos Irmãos Grimm (de hoje) e nos 120 anos do Quebra-Nozes de Tchaikovsky (no dia 18). Todos muito bem ilustrados, embora o de hoje tenha extrapolado todas as homenagens anteriores ao expor em diversos quadros um resumo da clássica história ( com a ajuda de um play no painel). Fantástico.
Seguem os Doodles citados:

(para acessar toda a sequência):
http://tecnologia.terra.com.br/internet/contos-de-grimm-no-google-doodle-relembra-chapeuzinho-vermelho,91a6f5f6fa7bb310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html


17 de dezembro de 2012

Rolling Stones fecha ano do cinquentenário com chave de ouro

Bruce e Ron
No sábado, consegui assistir os Rolling Stones ao vivo no canal Multishow. Mais um show primoroso do grupo, desta vez em Nova York, e que fechou com chave de ouro o ano do cinquentenário, que começou preguiçoso, mas terminou com showzaços no melhor estilo e qualidade Stones e até uma participação relâmpago no 12-12-12, show beneficente para as vítimas do furacão Sandy (na verdade, pela demora em entrar no projeto, a banda precisou se "encaixar" na programação, tocando apenas duas músicas). Neste último show da turnê dos 50 anos, no sábado, teve de tudo um pouco. Pôde-se ver a banda em forma, com o velho Mick andando e às vezes correndo de um lado pro outro, sem parar um instante, ao mesmo tempo em que cantava como sempre cantou por décadas. Keith, com o cabelo todo branco e jeito de sempre, tocou muito e ainda percebe-se o tesão que tem pelo rock. Ron Wood ao que parece espantou a fase "alcahol" dos últimos tempos e além de tocar com tesão também, até ensaiou um passeio pelo palco estendido. E o velho Charlie Watts, elegante e cool forever, também tocou com o desprendimento necessário para quem está em uma banda de rock por tanto tempo. Os outros no palco são companheiros de longa data e mantiveram o nível: Darryl Jones, estático como seu antecessor Bill Wyman, mas muito competente e cheio de groove; Chuck Levell nos teclados, abafando - se não me engano Chuck está com os Stones desde os anos 80; A dupla dos backings Lisa Fischer e Bernard Fowler, também uma cara com a banda e cheios de estilo; e o bom Bob Keys, chapa de Keith desde os anos 60, monstro no sax. Dentre os convidados, destaque para o empolgante e blueseiro Mick Taylor em "Midnight Rambler", o guitarrista que deixou seu lugar nos Stones para Ron Wood; teve também uma empolgada Lady Gaga cantando "Gimme Shelter" ao lado de Jagger; John Mayer e Gary Clark Jr.em "Going Down"; Black Keys em "Who Do You Love" e o boss Bruce Springsteen na clássica "Tumbling Dice". Junte essa rapaziada com todo o repertório coberto de hits dos anos 60 aos anos 90 e temos um dos melhores shows da atualidade, por mais que os céticos ainda achem que os velhinhos não conseguem mais fazer isso (quem insiste não assiste pra checar). Aguardemos agora um novo disco de inéditas - pela empolgação da banda neste finalzinho de 2012, acho que rola.

15 de dezembro de 2012

Gutemberg Monteiro (1916-2012)

Faleceu no dia 09 último, aos 96 anos, um dos grandes quadrinistas brasileiros, muito conceituado lá fora por ter trabalhado décadas nos EUA. Gutemberg Monteiro trabalhou por um bom tempo na RGE fazendo grandes capas e desenhando Fantasma e personagens com material original esgotado, além de trabalhos avulsos para Ebal (que lhe abriu as portas no início), Outubro e outras editoras menores. Até que nos anos 60, uma proposta irrecusável o levou à terra do Tio Sam, onde permaneceu por cinco décadas fazendo diversos trabalhos para editoras e syndicates como Hanna-Barbera e Harvey. Um dos mais notórios foi com as tiras de Tom & Jerry, que lhe deu fama com a assinatura Goot nas páginas dominicais. Tinha voltado ao Brasil há pouco e recebido algumas homenagens, como no emocionante encontro organizado pela ABI em junho, onde encontrou velhos companheiros da Rio Gráfica. Tive o privilégio de ver seus originais na exposição Quadrinhos'51 neste ano - seus desenhos tiveram grande destaque na mostra. Fique em paz, mestre.
(abaixo, alguns exemplos de sua exuberante arte)






11 de dezembro de 2012

Revista Raízes 46

Na quinta-feira (13) sai mais uma revista Raízes, veículo semestral de História & Memória da cidade de São Caetano. Essa já é a de número 46 e traz, além da bela capa com postais femininos da década de 20, muitas reportagens históricas essenciais, como a homenagem às próprias mulheres de São Caetano, que, pioneiras ou contemporâneas, ajudaram no progresso do município, e um ótimo documento sobre as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, que fariam neste ano 100 anos. Mais uma vez tive a honra de participar de uma edição da Raízes e desta vez conto um pouco a história da família da minha mãe, desde os anos 40 morando na divisa da cidade e depois a vinda do meu pai ao mesmo bairro. Consegui fotos bem bacanas da família dede 1948 até os anos 70 e estou contando as horas para ver a edição em mãos. Agradeço imensamente a Paula Fiorotti, editora da revista, por mais essa oportunidade de ouro. O lançamento será na quinta, dia 13, as 19h30 na Câmara Municipal que fica na Avenida Goiás,600, no Centro de São Caetano.

10 de dezembro de 2012

Página virtual enaltece Clarice Lispector

A escritora Clarice Lispector ganha página virtual à altura de seu talento. O Instituto Moreira Sallles coloca no ar amanhã, um dia depois de seu aniversário de 92 anos, site bem amplo em homenagem à autora, com bibliografia completa comentada,cronologia ilustrada de sua trajetória e um interessante mapa da cidade do Rio de Janeiro com os locais que serviram de cenário para suas histórias e personagens. A página será: claricelispectorims.com.br . Lembrando que a Rocco, editora que publica suas obras, também mantém uma página exclusiva para a escritora ucraniana naturalizada brasileira: www.claricelispector.com.br.

Niemeyer (1907-2012) por Ziraldo

Ninguém postou essa bela capa mas eu faço questão. No último dia 06, mestre Ziraldo, à pedidos do jornal Metro, fez capa homenagem ao grandioso Oscar Niemeyer, 104 anos, falecido no dia anterior. Sutilmente, fez uma das grandes capas do ano.
http://metropoint.metro.lu/20121206_MetroABC.pdf

12/12/12: grandes da música em show beneficiente

divulgação
No dia 12/12/2012 (quarta-feira próxima) tanto a MTV como o Multishow transmitirão o show beneficiente   "12-12-12: A Concert for Relief Sandy", em prol das vítimas do furacão Sandy que devastou Nova York e arredores. Os nomes já confirmados dão uma idéia do nível: The Who, Paul McCartney, Eddie Wedder, Eric Clapton, Roger Waters, Dave Grohl, Billy Joel, Chris Martin, Alicia Keys, Bruce Springsteen, Kanye West e Jon Bon Jovi. Os Rolling Stones que estão à toda em sua mini-turnê dos 50 anos e já tocaram no último final de semana nos EUA, não confirmaram oficialmente até o momento mas há uma certa fumaça no ar. Já pensaram na possibilidade de Paul McCartney e Mick Jagger no mesmo palco, na mesma música? Nada é impossível. A transmissão simultânea será no dia 12/12 a partir das 22h30.


4 de dezembro de 2012

1ª Expo Beatles



No próximo domingo, rola mais um evento bolado por mim e meus amigos Henrique Valsésia e Mario Mastrotti. Depois de algumas exposições  e lançamentos, resolvemos homenagear uma das maiores bandas de todos os tempos. Segue o release:
O ano de 1962 foi um marco na fulminante trajetória de quatro garotos de Liverpool, que em pouco tempo explodiriam nas paradas musicais do mundo todo. No dia 05 de outubro daquele ano foi lançado o single “Love me Do”, de uma certa banda chamada The Beatles e a cultura pop jamais foi a mesma a partir de então. A “1ª Expo Beatles” surge exatamente para celebrar os 50 anos da discografia oficial do grupo. Além de discos de vinil, fotos raras, perfis, bootlegs e itens colecionáveis expostos, o evento trará também em sua inauguração, som ambiente com os discos originais da banda, memorabilia, filmes, sorteios, caricaturas ao vivo a preços populares e muito mais. A exposição marcará também o início das atividades do Fã Clube Beatles One, que aceitará inscrições no local. O intuito dos organizadores é justamente este: reunir o maior número de fãs da banda inglesa em uma grande celebração. A Expo Beatles tem como idealizadores o cartunista e editor Mario Dimov Mastrotti, o empresário e ex-integrante da banda progressiva Renascença Henrique Valsésia e o jornalista e blogueiro Marcos Massolini.

1ª Expo Beatles
Local: Ibérica Cultural & Idiomas – Rua Taipas 645 – São Caetano do Sul
Data: Abertura 09/12/2012 (até 30/01/2013)
A partir das 16 horas
Entrada Franca

30 de novembro de 2012

O acervo sorve 9: Ciclo de Debates do Teatro Casa Grande (Editora Inúbia - Coleção Opinião - 1976)

Achei esse importante livro por um preço irrisório em uma baciada promocional de um sebo próximo. Estava escondido ali entre didáticos, livrinhos de auto-ajuda e contos populares. O seu conteúdo vale muito. Nele está a íntegra do I Ciclo de Debates da Cultura Contemporânea, reunindo 30 profissionais dos mais qualificados na época (durante oito semanas entre abril e maio de 1975) em cinema, teatro, música popular, televisão, artes plásticas, imprensa, literatura e publicidade. Imaginem um debate desses, ao vivo, em plena ditadura, atraindo uma média de 1400 pessoas, todas acompanhando as exposições e discussões sobre os problemas da cultura brasileira...esse ciclo conseguiu essa proeza. A lista dos participantes das mesas traz o supra sumo cultural dos anos 70. Sintam só: Roberto Pontual/ Rubens Gershman/Frederico de Morais/ Paulo Pontes/ Prof.Muniz Sodré/Walter Avancini/Olívio Tavares de Araújo/José Carlos Avelar/Alex Vianny/Leon Hirschman/Fernando Torres/Yan Michalski/Plínio Marcos/Albino Pinheiro/Sérgio Cabral/Sérgio Ricardo/Chico Buarque/Ziraldo/Zuenir Ventura/Mino Carta/Antônio Houaiss/Alceu Amoroso Lima/Affonso Romano de Santanna/Antônio Callado/Antônio Cândido/Darwin Brandão/Franco Paulino/Japiassu/Hugo Weiss/Chevalier e Villas-boas. Um time de respeito, não? pena que hoje não se faça algo parecido...

28 de novembro de 2012

Native Brazilian Music pode finalmente aportar no Brasil

A outra matéria da aniversariante Rolling Stone que eu citei no post anterior é justamente sobre aquele disco "perdido" da Columbia, gravado no Brasil nos tempos do Getúlio Vargas e da política das boa vizinhança e que ainda tem as masters esquecidas em algum arquivo da gravadora americana. Eu postei sobre o assunto no início deste ano (http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2012/01/ha-cerca-de-dois-anos-obtive-detalhes.html ) e se na ocasião eu já tinha ficado de queixo caído e emocionado com a história, agora não foi diferente. Mais ainda, aliás, já que há esperanças de um desfecho digno e à altura de obra tão importante.
Com a investigação da reportagem + a batalha de sempre da Daniella Thompson, a pesquisadora que não só levantou a lebre mas suou anos para poder ver uma luz no fim desse túnel, as coisas finalmente parecem que se mexeram do lado de lá. Cruzemos os dedos.
Acompanhem a matéria da RS, o post anterior sobre o assunto e o site da Daniella Thompson (que inclui toda a "caçada")
http://rollingstone.com.br/edicao/edicao-74/o-tio-sam-extraviou-nossa-batucada
http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2012/01/ha-cerca-de-dois-anos-obtive-detalhes.html
http://daniellathompson.com/

19 de novembro de 2012

Os 45 anos da revista Rolling Stone

A última edição da Rolling Stone Brasil trouxe várias matérias interessantes e eu resolvi replicar pelo menos dois dos assuntos que mais me chamaram atenção. O primeiro é o aniversário de 45 anos da publicação, comemorado neste mês de novembro. Foi só agora que me toquei que a mítica Rolling Stone tem só dois meses a menos que eu em idade. Aliás, que ano esse 1967! além da revista, viu nascer o primeiro disco do The Doors, o incomparável Sgt.Pepper's Lonely Hearths Club Band, o verão do amor, a consolidação dos festivais no Brasil, A Bela da Tarde e A Primeira Noite de Um Homem nos cinemas, Wave do Tom Jobim, Rei da Vela no teatro, etc, etc. A Rolling Stone traz nessa edição de novembro algumas de suas capas mais criativas ou significativas - todas de alguma forma impactantes. Replico algumas desta seleção aqui ( e outras que eu acrescentaria em minha seleção pessoal). A Rolling Stone sempre foi uma revista bem feita, a começar pela capa. Parabéns!

Essa é a nº1, quando a publicação não sabia ainda se era jornal ou revista (09/11/1967)
Rolling Stone nº49 ( 27/12/1969) - esta edição trazia uma ótima resenha de  Greil Marcus sobre a década e o disco Let it Bleed dos Rolling Stones.
Rolling Stone nº 137 (21/06/1973)

Rolling Stone 12/08/1976
Rolling Stone 10/06/1971 (na camiseta de Elton se lê: Bernie Taupin. Simplesmente o letrista de 99% de seus sucessos dos anos 70)
Rolling Stone nº182  (01/03/1975) (foi nesta edição que o futuro cineasta Cameron Crowe, com seus 18 anos, conseguiu entrevistar o Led Zeppelin - a banda não dava entrevistas à revista. Essa queda de braço inspirou o seu futuro filme Quase Famosos)
Rolling Stone nº81 10/04/1971
Rolling Stone nº1000 (maio/2006) - a capa baseada na famosa dos Beatles, foi elaborada pelo artista Michael Ullins  que  usou a tecnologia 3D para dar profundidade à cena com tantos ícones.
Rolling Stone 24/03/1977 - a grande fotógrafa Annie Leibovitz ficou 10 anos na revista e  fez fotos antológicas como esta acima.

Roberto Carlos, leve e solto

Na semana passada, eu, minha esposa e minha sogra fomos ver o Rei Roberto Carlos no último dia de sua turnê no Ginásio do Ibirapuera. Este ano já foi um ano atípico pra mim em termos de show, pois num período curto, pude presenciar ao vivo o ótimo show do Zé Ramalho (já postado aqui), o bom espetáculo de Marisa Monte, também em final de turnê, no HSBC Brasil e este último que esmiuçarei aqui. Geralmente é um show top por ano e olhe lá. O da Marisa, embora impecável em repertório, acabou decepcionando no som - tão baixo que as conversas acabavam suplantando o vocal da artista. Fora o desconforto da casa de espetáculos - a mesa apertada mal dava para três e nesse dia eu e a Cris fomos com nossos filhos Gabriel e Letícia. Já o Ginásio do Ibirapuera foi uma grata surpresa. Eu já tinha assistido partida de vôlei ali, mas me admirei com a organização e adequação do local para shows. A iluminação então, foi um show à parte. Ficamos bem à vontade em nossos lugares ( a última fileira da arquibancada, bem no alto) e a visão do palco era bem satisfatória - traçando uma linha reta, chegávamos na cara do anfitrião da festa. Como todo show tem seu porém, o calor no ambiente estava tórrido e o som, bem, todo som em ginásio tem aquele eco que ninguém consegue tirar. Logo de início, Roberto Carlos (de branco!) desfilou clássicos de sua longa carreira, não esquecendo a irreverente jovem Guarda e a sensual década de 70. Esse último período aliás, foi o mais focado, fazendo o show ficar mais caliente - talvez um pouco menos neste dia específico pois o Padre Antonio Maria estava presente. Um medley com Café da Manhã, Botões da Blusa e Seu Corpo, entre outras, todas de seu repertório mais "picante", deram o tom do show, que ainda teve um antigo texto de Ronaldo Bôscoli ( que dirigiu por anos os shows do compositor) resgatado - com todas as picardias inerentes ao autor - e caras e trejeitos insinuantes de Roberto, que de novo está se achando "o cara". Isso é muito bom. Ainda mais agora, que voltou a compor e de novo encontrou leveza e humor em suas letras, características que tinham sumido por anos, desde a morte de sua última esposa. Mesmo em final de turnê e com um cansaço natural, o rei fez um show impecável, que não deixou de incluir suas peças mais religiosas ( Jesus Cristo, Nossa Senhora), mostrou que sua voz é a mesma de sempre e seu carisma imutável. E ainda teve "O Portão", permeada por uma história bem humorada sobre seu cão Axaxá ( o que sorria latindo). Essa ele não cantava há anos - sinal que Roberto Carlos está mesmo se reciclando.

12 de novembro de 2012

Stones lançam ‘Grrr!’

Depois de muita expectativa, finalmente a coletânea Grrr dos Rolling Stones foi lançada hoje. Com duas músicas novas e seleção das mais representativas canções na carreira, o lançamento comemora os 50 anos da banda. A novidade do dia foi o anúncio de um show a mais no dia 08, no Brooklyn, NY, parte da mini turnê entre novembro e dezembro. No link abaixo, matéria do MSN sobre o disco e o show que deve ter pegado muita gente no pulo.
Confira este vídeo incrível do MSN - Stones lançam ‘Grrr!’

Paulinho da Viola, 70

O grandioso Paulinho da Viola, um dos estilistas do samba moderno, faz 70 anos hoje. Para celebrar a data a jornalista Rose Saconi do Acervo do Estadão disponibilizou uma ótima seleção de reportagens sobre o mestre. Aliás, a equipe do Acervo vem fazendo um trabalho primoroso lá no Estadão, um verdadeiro resgate cultural não só para assinantes mas para todos os internautas ( pena que a Editora Abril, com toda a sua história, não faça igual e utilize seu acervo apenas internamente). Aproveito para mandar um abraço ao meu amigo Entini, uma das peças-chaves dessa equipe "caçadora de tesouros editoriais".
Segue o link:

8 de novembro de 2012

A outra música inédita dos Stones

Divulgação
Hoje, como estava prometido, os Rolling Stones lançaram a outra música inédita que irá compor a compilação Grrr!, disco comemorativo dos 50 anos da banda, com lançamento previsto para 12/11 próximo. O single "One More Shot" vem na sequência de "Doom & Gloom", que saiu em outubro e mais uma vez segue a cartilha infalível do rock básico e bem costurado que lembra a grife Stones logo nos primeiros acordes. Pelo que vi, a crítica não se empolgou como no primeiro, mas também não espinafrou - a maioria achou essa um tanto "descuidada". Talvez sim, talvez não, mas é mais um petardo para o abarrotado baú roqueiro da mais longeva banda de rock de todos os tempos. Ter empolgação para se reunir, compor, entrar em estúdio, gravar, divulgar e fazer show - tudo isso na sétima década de vida ( só o Ron Wood ainda não chegou às portas dos 70-  Mick e Keith têm 69, Charlie tem 71), não é pra qualquer um. Ouça "One more shot".

Doodle homenageia Bram Stoker

Hoje surgiu mais um belo Doodle comemorativo, desta vez pelo aniversário de 165 anos do escritor Bram Stoker (1847-1912), criador do Conde Drácula. Sua obra-prima Drácula, lançada em 1897, não se tornou um best seller imediato, só conquistando sucesso no século seguinte. Para chegar ao seu mítico personagem, o autor se debruçou por vários anos no folclore europeu e na mitologia vampiresca. Graças a sua narrativa primorosa, foi o maior responsável pela perpetuação do mito dos vampiros, que fazem estrondoso sucesso em qualquer mídia que se apresentem.


5 de novembro de 2012

O quase lançamento da revista da turma da Mônica em 1969 - final

Capa do livro de Gonçalo Junior
Finalmente consegui juntar as peças sobre o lançamento frustrado da revista da turma da Mônica em 1969, pouco menos de uma ano antes da Editora Abril lançar a revista Mônica, que virou um retumbante sucesso.
Depois de levantar e sondar o assunto em dois posts ( links abaixo), finalmente juntei as pontas com a leitura do último lançamento do incansável Gonçalo Junior, "A Morte do Grilo - A História da Editora A&C  e do gibi proibido pela ditadura militar em 1973". Como em todos os seus livros, este também surgiu de suas incontáveis pesquisas e entrevistas. Na verdade um levantamento leva a outro e nessas amarras, Gonçalo já lançou vários livros, todos gerados depois de longos anos de buscas e depoimentos. Esse último não fugiu à regra e originou-se de uma matéria sua feita para o caderno de fim de semana da Gazeta Mercantil em 1998. Mais uma vez, um precioso documento sobre a ditadura militar, em um capítulo até então inédito na mídia: a censura e a morte de uma revista em quadrinhos, que durante sua curta existência, afrontou e enfrentou os censores com inteligência e coragem. A turma que idealizou a Grilo era a mesma que se unira na mítica redação da Realidade e desde então vinha lançando projetos cada vez mais vanguardistas e desafiadores ( Bondinho, Revista de Fotografia, Jornalivro, FotoChoq). A mesma turma também que tentou lançar no final dos anos 60 revista com Samuel Wainer e três projetos editoriais com os irmãos Rossolillo, entre eles uma revista em quadrinhos da turma da Mônica. Esse novo capítulo fecha o cerco ao assunto e prova que o lançamento frustou-se por causa da política mesmo. Seguem os trechos:
"No primeiro semestre de 1969, depois de algumas tentativas, o grupo "Realidade" foi finalmente contratado pelos irmãos Rossolillo, proprietários da Editora Gráfica Rossolillo Ltda., que funcionava na Rua Fidêncio Ramos, 302, na Vila Olímpia, então um lugar muito distante do centro da cidade e ainda longe da importante área empresarial que viria a se tornar. Na prática, a empresa da dupla de irmãos era muito mais uma prestadora de serviços gráficos que editora. Publicava, então, duas inexpressivas revistas - uma policial e outra de fotonovela - e os donos diziam querer concorrer seriamente no mercado editorial, como recordou Sérgio de Souza. Da parceria, inicialmente, nasceu a União Brasileira de Editoras Ltda. (UBE), com sede no mesmo endereço da Rossolillo e não oficializada na Junta Comercial de São Paulo." "...Sérgio, Narciso e Barreto propuseram aos Rossolillo três revistas em quadrinhos para marcar o início da associação: "O Careca", um anti-super-herói brasileiro, criado por Alain Voss; e a dupla "Cebolinha" e "Revista da Mônica", de Maurício de Sousa. Ambos eram velhos conhecidos do trio. Maurício, dos tempos da "Folha de S.Paulo"; Voss, do departamento de arte de "Realidade". Os primeiros oito mil exemplares do número de estreia de "O Careca" estavam impresso - de uma tiragem total prevista de 50 mil - e os fotolitos de "Cebolinha" e "Turma da Mônica" prontos, quando os donos da editora surpreenderam os dois artistas e sócios e anunciaram que haviam decidido desistir da empreitada. Alegaram que não tinham recursos para tocar a parceria. A história não ficou muito clara. A gráfica e editora tinha sim estrutura para ao menos imprimir as duas revistas, mas os donos teriam sido alertados por agentes do DOI-Codi de que poderiam ter sérios problemas com o Governo porque estavam se metendo com um bando de comunistas. Assim, resolveram cair fora do negócio" "As duas revistas em quadrinhos sairiam com a data de julho de 1969. "Parece que nossos dois sócios perderam uma grande oportunidade, não? Em especial, se estivessem pensando em ganhar dinheiro", recordou Sérgio, ao se referir aos Rossolillo. Ele não teve mais notícias dos irmãos, mas acreditava "que tivessem ido às lágrimas anos depois, principalmente por causa de Maurício de Sousa", que em maio do ano seguinte fechou contrato com a Abril e iniciou a mais bem sucedida carreira de um artista brasileiro de quadrinhos de todos os tempos. (trechos do livro "A Morte do Grilo - A História da Editora A&C  e do gibi proibido pela ditadura militar em 1973", Editora Peixe Grande - 2012).
Graças ao inesgotável Gonçalo Junior, portanto, encerra-se essa série com todos os devidos pingos nos is. A verdade é que enquanto eu estava buscando ingredientes para um possível café da manhã, Gonçalo já estava com almoço e jantar prontos. Melhor assim - eu só tenho que agradecê-lo.
(seguem os links anteriores do blog. O último traz o passo seguinte dessa turma, logo após a morte do Grilo)
http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2011/06/o-misterio-da-ube-e-o-quase-lancamento.html
http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2012/06/revista-da-monica-que-nunca-foi-lancada.html
http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2010/10/o-acervosorve-3-edicoes-fac-similares.html

31 de outubro de 2012

Alguns grandes momentos do finado JT

Selecionei algumas primeiras páginas antológicas, geniais soluções gráficas e casamentos perfeitos entre imagem/assunto. Todas do (a partir de hoje) finado Jornal da Tarde. Convivi muito com essas imagens, pois durante um bom tempo, meu pai comprou o JT em banca - a página de esporte nos anos 70 e 80 era um estrondo. Alguma coisa desandou na virada do século - meu pai e tantos outros trocaram o JT pelos concorrentes mais baratos, mais apelativos, mais rasteiros e mais cheio de "brindes". Até os anos 90 ele era o mais vendido em bancas na Grande São Paulo mas por vários motivos, acabou ficando pra trás nos anos 2000. Incontestavelmente, deixou pra trás uma riquíssima história. Seguem algumas imagens:

Adeus, JT

A última edição, capa acima, saiu hoje
Em 1966, ele revolucionou o jornalismo diário, ao privilegiar o texto enxuto e colocar a fotografia em destaque. Fotos que pegavam a primeira página inteira, ângulos e layouts inusitados, títulos e fotos que extrapolavam a diagramação, invadindo rodapés e parágrafos. O JT antigo dava gosto de ver e sua equipe tinha os mais destemidos repórteres e fotógrafos da imprensa - incluindo pessoas que já tinham revolucionado outras redações como Senhor, Realidade e Última Hora. Nos últimos tempos o JT deixou de inovar e surpreender e sobrevivia burocraticamente em bancas, com lampejos raros de criatividade e ancorado totalmente no sucesso do seu Jornal do Carro. Hoje, depois de uns bons dois anos de adiamento, o simpático jornal vespertino do Grupo Estado encerrou sua história. Hoje, 31/10/2012, o honorável Jornal da Tarde, de tantas reportagens antológicas e jornalistas premiados, apareceu pela última vez nas bancas. A direção já adiantou-se e prometeu que manterá a equipe (de 44 funcionários) até que todo o seu remanejamento se complete dentro do próprio grupo. O xodó Jornal do Carro começa a sair imediatamente como caderno do Estadão. Mas por mais que se tente arrumar, remanejar, encaixar... fica um baita vazio no ar, como se tivéssemos perdido um grande companheiro de jornada. E também nos faz pensar se não tinha outro jeito mesmo. Fica sua história gloriosa e um último manifesto genuíno: os cinco minutos de aplausos da sua redação em luto.

Um poema para Drummond

Há dez anos atrás, depois de ler matéria da Folha sobre a triste situação da estátua do mestre Drummond, estragada por vândalos na orla de Copacabana, fiz de prima uma poesia sobre o fato. Agora em 2012, fico sabendo que só os óculos já foram avariados nove vezes desde então. Muito deprimente isso. Aproveito esta data em que se comemora os 110 anos do poeta maior do Brasil, para relembrar o ocorrido e a subsequente poesia.


Velho poeta


Vândalos voltam a atacar estátua de Drummond no Rio

          Folha Online 24/11/2002

A estátua em homenagem a Carlos Drummond de Andrade, localizada em Copacabana, Rio, voltou a ser alvo da ação de vândalos. Uma haste do óculos do poeta foi quebrada.
Inaugurada em 30 de outubro para marcar os 100 anos do poeta, a estátua foi pichada dois dias depois. Garis foram acionados para a limpeza.
A estátua, em tamanho natural, foi colocada em um banco da praia, onde Drummond costumava passear.”



Drummond, velho poeta
que tanto caminhava na orla
com a brisa matutina predileta
e o calçadão de Copa em sua sola

Drummond, velho poeta
erigiram uma estátua sua bem quieta
sentada de bengala com sua cara reta
a observar os banhistas e as bicicletas

Drummond, velho poeta
Já no segundo dia picharam seu traje
e quebraram seus óculos com uma semana completa
Assim que acabar o mês o que virá de ultraje?

Drummond, velho poeta
sei que havia uma pedra no caminho
e nada mais agora te afeta
pois é ‘gauche’ acabado, com asas e espinho

Ignorou com elegância o ocorrido
estático no bronze que o completa
continua vivo mesmo que tenha morrido
dizem que agora sorri, Drummond, o velho poeta

30 de outubro de 2012

Zé Carioca 70 anos

Sensacional esta edição comemorativa de 70 anos do Zé Carioca. Além da capa deslumbrante  - verde espelhado e auto relevo ( desenho de Luiz Podavin e cores de Noriatsu Yoshikawa) - a equipe responsável conseguiu reunir todas as tiras dominicais do papagaio malandro publicadas entre 1942 e 1944 nos EUA ( finalmente com as cores originais) e histórias raras das décadas de 50 e 60. De quebra, textos muito esclarecedores e bem conduzidos por Marcelo Alencar, Celbi Vagner Pegoraro e Fernando Ventura (colecionador responsável pela garimpagem completa aos originais dos jornais). O último, junto ao sempre presente Paulo Maffia, também pesquisou e selecionou as histórias presentes na edição. Um volume para se destacar na estante. E no final de novembro, vem o volume 2, com mais raridades. Homenagem à altura.

28 de outubro de 2012

Zé Ramalho, o trovador trovoador em show extravasante

Fotos: Cristina Massolini
Zé Ramalho já chegou aos 63 anos, mas o trovão da sua garganta continua intacto, retumbante, inigualável. E não só pela idade, mas pelo compositor já ter passado por perrengues brabos - chegou a passar dificuldades na cidade maravilhosa nos anos 70 e entrou numa trip pesada com drogas nos anos 80 - a constatação deste vigor no palco é digno de comemoração. E ontem, no Credicard Hall, eu e minha mulher comemoramos muito. Não foi pra menos. O compositor paraibano simplesmente tocou clássicos e mais clássicos por duas horas ininterruptas, sem esquecer uma palavra ( e como as suas músicas tem palavras!), e sem parar um instante de tocar sua guitarra. Das essenciais Avohai, Vila do Sossego e Beira Mar aos sucessos Chão de Giz, Mistérios da Meia Noite e Entre a Serpente e a Estrela. Das clássicas A Terceira Lâmina e Eternas Ondas ( que estourou com Fagner) a hits de Raul Seixas ( Medo da Chuva e Trem das Sete) e Gilberto Gil ( Lamento Sertanejo). E pra levantar a platéia, Frevo Mulher, a música que segundo Caetano Veloso, mudou o rumo do carnaval baiano após o seu sucesso. Um showzaço que o grande Zé Ramalho levou com a tranquilidade e a serenidade que lhe cabe após 40 anos de carreira ( contando seus tempos de instrumentista no rock e na banda de Alceu Valença). E por falar em grande, uma das impressões minhas que caiu por terra foi a de que o compositor era grande fisicamente - talvez por causa de seu vozeirão. Zé Ramalho é pequeno, miúdo de corpo. Mas assim que adentra o palco e começa a tocar e cantar, ele se agiganta. Zé Ramalho é um dos maiores artistas da nossa terra. E isso só se confirmou ontem em São Paulo.

27 de outubro de 2012

Bondinho centenário vira Doodle

O bondinho do Pão de Açúcar, cartão-postal do Rio de Janeiro , completa seu centenário neste sábado e vira Doodle. Com movimento e tudo. Confiram acima e no link abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=nA86UlRPkuE

24 de outubro de 2012

Ziraldo 80

O grande Ziraldo, um dos mais completos artistas brasileiros - e também um baita escritor infantil - faz níver hoje. 80 anos não é pra qualquer um, ainda mais quando esse um continua em plena atividade e cheio de planos e projetos. Ziraldo é e sempre foi assim - workaholic em tudo que se meteu a fazer - quando se enveredou em pintura, em pôsters, em HQs, em livros, em charge, em edição, etc etc. Em sua homenagem posto uma das suas primeiras aventuras nos quadrinhos, publicada na revista infantil mineira Era Uma Vez. A edição em destaque é a nº 186 de setembro de 1952 e essa primeira página pertence à segunda parte da história seriada "A Grande Aventura". Esse veículo infantil, que tinha a mesma pegada do Tico-Tico ( embora fosse em formatinho), foi uma das primeiras revistas à publicar um trabalho de Ziraldo, na época com seus 19 anos, quase 20. Há 60 anos atrás, mestre Ziraldo já estava nas paradas.

23 de outubro de 2012

A coluna Memória de Ademir Médici abre espaço para os quadrinhos


Depois da satisfação de ver meu pai, Seu João Massolini, estampando as páginas da coluna Memória do Diário do Grande ABC com suas relíquias guardadas por anos (como visto aqui no blog), eu não imaginava que um mês e pouco depois estaria também colaborando com um espaço tão importante na imprensa do ABC. O jornalista e pesquisador Ademir Médici, autor de dezenas de livros sobre a História do ABC e um dos mais conceituados profissionais de imprensa da região,além de gentleman e de uma generosidade genuína, também é um apaixonado pelo que faz, e não só abraçou com muita disposição e entusiasmo os documentos e impressos do meu pai ( que ainda dará muito material para a coluna) como mostrou grande interesse quando lhe comentei sobre minha considerável coleção de revistas em quadrinhos. No ato, lhe veio a idéia de publicar algumas capas significativas para a semana da criança, com um pequeno comentário meu sobre os exemplares selecionados. Claro que topei na hora. E ele não só deu espaço para os gibis na semana da criança como acabou estendendo para a outra semana e alguns dias, ao se deparar com 17 capas escaneadas que eu mandei. Me encantei com a experiência. Primeiro porque ficou bem interessante o colorido das capinhas em contraste com as fotos e documentos tradicionais da página ( principalmente quando o layout propiciou um tamanho maior); segundo, porque é muito gratificante quando os quadrinhos são levados à sério desta forma e conseguem ocupar o mesmo espaço e importância de um documento ou registro histórico - poucos são os historiadores que percebem esse papel da HQ na epopéia gráfica/editorial brasileira ( a Revista de História da Biblioteca Nacional e o Jornal da ABI são exceções). Claro que quando falo em historiadores, eu não estou me referindo aos grandes pesquisadores especializados em HQ, como Gonçalo Júnior ( que sempre abre um leque surpreendente em seus livros), Professor Waldomiro Vergueiro, Roberto Elíseo, Marcelo Alencar, Paulo Ramos, Alvaro de Moya, etc. Essa parceria com Ademir Médici portanto, jogou luz no tema e com certeza chamou a atenção do leitor habitual que desconhece o assunto. Meu critério para as capas priorizou a importância histórica das revistas ou dos personagens. E deixei propositalmente de fora capas mais fortes como as do gênero policial/detetivesco ou terror - nada contra, mas foquei em revistas mais universais e mais a ver com "semana da criança". Seguem abaixo todas as 17 capas publicadas e seus respectivos textos. Lá em cima, outro orgulho: minha filha Letícia posando comigo e o armário abarrotado de HQs. Meu filho mais velho, Gabriel, adora HQs/ mangás, mas nesse dia, foi jogar ping-pong e perdeu o click. Fica pra próxima.