14 de março de 2017

Casa de Rui Barbosa disponibiliza folhetos de cordel pioneiros e clássicos


Esta semana anda plena de dicas boas. A última delas, do amigo Nilton Jorge, traz uma ótima notícia vinda dos lados da Casa de Rui Barbosa, fundação carioca ligada ao Ministério da Cultura. A instituição vem desde dezembro de 2016 desenvolvendo um projeto de digitalização - e em alguns casos restauração - de 2340 folhetos de cordel de 21 poetas! Se por um lado o acesso físico a esse acervo só é permitido a pesquisadores e estudiosos e é preciso uma autorização da fundação para consulta no local, com esse novo projeto online abriu-se uma janela incondicional para o aprofundamento da história do cordel no país. O trabalho, sob direção da pesquisadora Ivone da Silva Ramos Maya, estava inicialmente focado na obra do pioneiro poeta paraibano Leandro Gomes de Barros (1865-1918), considerado um grande mestre do cordel e dono da cadeira nº 1 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, fundada em 1988. Mas com o sucesso da empreitada, optou-se por expandir esse resgate e outros 20 poetas tiveram suas obras incluídas. Grande parte desse acervo já caiu em domínio público ou foi autorizado pelos herdeiros - foram dois grupos escolhidos: os pioneiros, nascidos na segunda metade do século 19 e os da segunda geração, nascidos no início do século 20 e inseridos nesse mercado quando os pioneiros já tinham morrido. Uma iniciativa exemplar - se outras áreas como as das  revistas e gibis da época de ouro e a imprensa alternativa e de humor tivessem esse cuidado com sua história, a memória gráfica brasileira estava salva.

Para consultar: http://www.casaruibarbosa.gov.br/cordel/acervo.html











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